Forma
Série Lúdica e Série Além do Objeto
Brasília - 2006
Fotografia: João Paulo Barbosa
Voltei aos objetos em 2006 na Série Lúdica.
O movimento, antes dominante nas roupas
e no movimento do corpo que as usavam, entrava de forma lúdica nos meus objetos, em uma alusão a brinquedos e memórias
da infância.
Explorei essas memórias de diversas maneiras, inclusive pelo barulho das pedrinhas do meu caminho, reminiscências da infância. Trabalhos que pediam a participação do público.
Série Construções
Brasília - 1978 |1989
O ano de 1978, de volta à Brasília, depois de 2 anos no Rio de Janeiro, foi de muito trabalho. Ganhei alguns prêmios nessa etapa e foram várias exposições.
Em 1980 partimos para Washington rumo a novas experiências, desta vez com 3 filhos: Pedro, Marcelo e Mariana. Tive uma experiência particularmente interessante, participando de uma galeria tipo cooperativa: Tochstone Galerie.
Também tive, uma vez mais, que me reinventar e adequar meu trabalho aos meios que possuía. Surgiu uma série de trabalhos como uma planta-baixa. Recortes planos, dobraduras em cartão, completando meu mundo bidimensional.
Forma, cor, textura e movimento continuariam a ser os elementos básicos
de meu trabalho.
Série Anti-Caixa
Rio de Janeiro | Brasília - 1967 |1975
A Nova Objetividade Brasileira, exposição que marcou as artes plásticas no Brasil, marcou também meu trabalho e minha linha de pensamento.
Não foi nela que fiz meu primeiro desfile, nem tampouco apresentei minhas primeiras esculturas. Mas foi onde tive
meu primeiro ensaio crítico, por Hélio Oiticica, quem denominou meus objetos
de anti-caixas.
Participar dos debates e do manifesto da Nova Objetividade Brasileira foram determinantes no desenvolvimento da minha carreira como artista plástica.
Meu trabalho foi marcado pela prática constante da ruptura com a pintura de cavalete e abertura para novas experiências. Trabalhei a geometria, o equilíbrio e as cores através de recortes, relevos e rupturas onde a forma sempre extrapolava os limites do quadro.